QUEM SOMOS
A) DE ONDE VIEMOS
I) Do Pietismo ao Movimento Pentecostal: A Jornada Rumo às Assembleias de Deus
Irmãos e irmãs, para compreendermos o surgimento das Assembleias de Deus, precisamos traçar um caminho histórico que começa no período pós-Reforma, atravessa o pietismo, o puritanismo e os movimentos de renovação espiritual, até chegarmos ao grande avivamento pentecostal do início do século XX.
1. O Pietismo: A Chama da Renovação Espiritual (Século XVII)
Após a Reforma Protestante, surgiu a necessidade de aprofundar a piedade pessoal e o compromisso prático com a fé. Esse desejo gerou o Pietismo, movimento iniciado na Alemanha por Philipp Jakob Spener (1635–1705). Spener enfatizava o estudo bíblico nos lares, a santidade pessoal e a experiência da conversão genuína. Seu discípulo, August Hermann Francke, ampliou esse movimento, tornando-o um fator decisivo na revitalização espiritual da igreja luterana.
Outro grupo de grande influência foram os Hermanos Morávios, descendentes dos seguidores de Jan Hus, que, sob a liderança do Conde Nikolaus Ludwig von Zinzendorf, promoveram missões mundiais e uma espiritualidade vibrante, com um forte senso de oração contínua.
2. O Puritanismo e os Grandes Avivamentos (Século XVII–XVIII)
Na Inglaterra e na América do Norte, os puritanos buscavam uma fé autêntica e prática. Eles enfatizavam a necessidade de uma experiência transformadora com Deus, o que levou aos Grandes Avivamentos. No século XVIII, líderes como Jonathan Edwards, George Whitefield e John Wesley despertaram milhares para a fé.
É importante destacar aqui a teologia wesleyana-arminiana, que enfatizava a graça preveniente, a possibilidade de queda do salvo e a santificação progressiva – conceitos que mais tarde influenciariam o pentecostalismo. Wesley, fundador do metodismo, ensinava que o crente deveria buscar uma experiência de "perfeição cristã" ou "segunda bênção", uma purificação mais profunda do coração.
3. O Movimento de Santidade e o Clamor por Poder Espiritual (Século XIX)
No século XIX, o metodismo influenciou fortemente o Movimento de Santidade, especialmente nos Estados Unidos. Pregadores como Phoebe Palmer, Charles Finney e A. B. Simpson ensinavam sobre uma experiência mais profunda com o Espírito Santo, preparando o cenário para o que viria a seguir.
Entre os grupos de santidade, muitos começaram a buscar um avivamento semelhante ao do Pentecostes descrito em Atos 2. Houve relatos de manifestações espirituais como cura divina e experiências intensas de consagração. Um dos pontos centrais desse período foi a ênfase no batismo no Espírito Santo como um empoderamento para o testemunho cristão.
4. O Avivamento da Rua Azusa e o Nascimento do Pentecostalismo (1901–1906)
O início do século XX foi marcado por um reavivamento espiritual sem precedentes. Em 1901, em Topeka, Kansas, a estudante Agnes Ozman, sob a liderança de Charles Fox Parham, falou em línguas após orações intensas por um batismo especial do Espírito Santo. Parham, um pregador de santidade, começou a ensinar que esse batismo era acompanhado pelo sinal das línguas, algo que logo se espalharia.
Mas o verdadeiro ponto de explosão veio em 1906, em Los Angeles, Califórnia, com o Avivamento da Rua Azusa, liderado por William J. Seymour, um pregador negro, discípulo de Parham. Durante três anos, pessoas de diversas denominações foram impactadas, experimentando dons espirituais e levando essa mensagem para todo o mundo.
5. O Surgimento das Assembleias de Deus (1914)
O movimento pentecostal cresceu rapidamente, mas com isso surgiu a necessidade de organização. Em 1914, um grupo de líderes pentecostais se reuniram em Hot Springs, Arkansas, e fundaram as Assembleias de Deus nos Estados Unidos, com o objetivo de organizar missões, garantir uma doutrina comum e proporcionar comunhão entre os ministros.
As Assembleias de Deus mantiveram a doutrina do batismo no Espírito Santo com evidência de línguas, mas enfatizaram também a evangelização mundial e o compromisso com a santidade. Esse movimento rapidamente se espalhou para outros países, incluindo o Brasil, onde chegou em 1910 por meio dos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren.
6. Um Movimento em Chamas
Queridos irmãos, essa jornada histórica nos mostra que o pentecostalismo não surgiu do nada, mas foi uma resposta de Deus ao clamor do Seu povo ao longo dos séculos. Desde os pietistas e morávios até os metodistas de santidade, o Espírito Santo vinha preparando o terreno para um grande derramamento. E o que começou com pequenos grupos se tornou uma das maiores forças do cristianismo mundial.
As Assembleias de Deus, como herdeiras dessa rica história, continuam carregando essa chama, proclamando que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará. Que possamos permanecer fiéis a essa missão!
B) QUEM SOMOS
II) As Origens Missionárias do Pentecostalismo e o Surgimento das Assembleias de Deus no Brasil
Queridos irmãos e irmãs, para compreendermos a grandiosa obra que Deus fez ao trazer o pentecostalismo ao Brasil, precisamos voltar ao início das grandes iniciativas missionárias dos primeiros pentecostais. Esse é um relato de fé, desafios e obediência ao chamado divino.
1. O Fogo Missionário do Pentecostalismo (Início do Século XX)
Após o grande avivamento da Rua Azusa, em 1906, o fogo pentecostal começou a se espalhar pelo mundo. Movidos pelo desejo de levar essa nova experiência espiritual às nações, vários missionários foram impulsionados a sair de seus países e anunciar o evangelho com poder e sinais. Muitos deles pertenciam a igrejas de santidade e receberam a experiência do batismo no Espírito Santo com a evidência das línguas.
Na Suécia, essa chama também havia chegado. O movimento pentecostal, influenciado por pregadores como Lewi Pethrus, começou a crescer e despertou muitos jovens para a obra missionária. Foi nesse contexto que dois jovens suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, tiveram um encontro decisivo com Deus.
2. A Conversão e o Chamado de Daniel Berg e Gunnar Vingren
Daniel Berg nasceu em 1884, em Vargön, Suécia. Ainda jovem, emigrou para os Estados Unidos, onde trabalhou como operário metalúrgico e teve contato com o pentecostalismo. Ali, ele experimentou o batismo no Espírito Santo e começou a buscar a direção de Deus para sua vida.
Gunnar Vingren, nascido em 1879, também na Suécia, foi criado em um lar cristão batista. Ele se formou no Seminário Teológico Batista em Chicago e era pastor de uma igreja batista quando teve sua experiência com o Espírito Santo. Isso mudou completamente sua trajetória, pois passou a crer que Deus queria algo mais para sua vida ministerial.
O ponto crucial da história aconteceu em 1909, quando esses dois homens se encontraram em uma convenção pentecostal em Chicago. Durante esse período de oração e comunhão, receberam uma profecia poderosa: Deus os enviaria como missionários ao Pará, Brasil. Eles não conheciam nada sobre o país, mas confiaram na direção divina.
3. A Chegada ao Brasil e os Primeiros Passos (1910–1911)
Movidos pela fé, Daniel Berg e Gunnar Vingren embarcaram para o Brasil. No dia 19 de novembro de 1910, desembarcaram no porto de Belém do Pará. Sem recursos financeiros, sem conhecer a língua e sem nenhum contato prévio, dependeram inteiramente da provisão de Deus.
Eles encontraram abrigo em uma igreja batista local, onde passaram a compartilhar sobre a experiência do batismo no Espírito Santo. No início, foram bem recebidos, mas, à medida que algumas pessoas começaram a ser batizadas no Espírito e falar em línguas, surgiram conflitos com a liderança da igreja. Isso levou à expulsão deles e de outros irmãos que haviam aceitado a mensagem pentecostal.
Foi então que, em 18 de junho de 1911, nasceu oficialmente a Missão de Fé Apostólica, que anos depois passaria a se chamar Assembleia de Deus. Este foi o marco inicial do pentecostalismo organizado no Brasil.
4. A Expansão da Obra e as Dificuldades Enfrentadas (1911–1930)
Os primeiros anos da obra foram marcados por desafios intensos. Os missionários enfrentaram perseguições religiosas, pobreza extrema e dificuldades na comunicação. Contudo, a obra crescia de forma sobrenatural. Milagres, curas e libertações acompanhavam a pregação da Palavra, atraindo muitos para Cristo.
A igreja se expandiu pelo interior do Pará e, pouco a pouco, começou a alcançar outros estados. O crescimento se deu de forma orgânica, por meio de crentes comuns que, cheios do Espírito Santo, levavam a mensagem para suas cidades e povoados.
Outro desafio enfrentado foi a resistência de outras denominações evangélicas, que viam o pentecostalismo como um movimento estranho. Além disso, havia forte oposição de setores católicos e de autoridades locais, especialmente no interior do país, onde crentes eram perseguidos e, em alguns casos, até expulsos de suas comunidades.
Mesmo assim, a chama do Espírito não podia ser apagada! Nos anos seguintes, a obra chegou ao Nordeste, ao Sul e ao Sudeste do Brasil.
5. A Consolidação das Assembleias de Deus (1930–1950)
Na década de 1930, a igreja já estava estabelecida em diversas partes do Brasil. Em 1930, foi organizada a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), buscando unir as igrejas locais sob uma mesma identidade doutrinária e missionária.
Nessa fase, grandes nomes surgiram para fortalecer a obra, como Samuel Nyström e Nils Kastberg, missionários suecos que ajudaram na organização administrativa e no ensino teológico da igreja.
Outro marco importante foi a criação do Jornal Mensageiro da Paz, em 1930, que serviu para comunicar e edificar os crentes pentecostais no Brasil.
A Assembleia de Deus continuou crescendo, mantendo três pilares essenciais:
1. A pregação evangelística, com foco na conversão e na santificação.
2. O poder do Espírito Santo, enfatizando o batismo no Espírito, curas e manifestações sobrenaturais.
3. A obra missionária, levando a mensagem pentecostal para todas as regiões do Brasil e do mundo.
As Publicações da Igreja Assembleia de Deus e Seus Meios de Comunicação
A Assembleia de Deus no Brasil sempre deu grande importância à disseminação da mensagem do evangelho através de diversos meios de comunicação. Desde seus primeiros anos, a igreja investiu em literatura, periódicos, rádio, televisão e, mais recentemente, em mídias digitais para alcançar o maior número possível de pessoas.
1. Primeiras Publicações e a Importância da Literatura
1.1. O Início da Publicação Pentecostal
Desde sua chegada ao Brasil, os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg perceberam a necessidade de materiais escritos para ensinar os novos convertidos. Ainda nos primeiros anos da Assembleia de Deus, foram publicados folhetos evangelísticos, hinos e estudos bíblicos para instrução dos fiéis.
1.2. O Jornal "Boa Semente" e "Mensageiro da Paz"*
O primeiro jornal da Assembleia de Deus no Brasil foi o *"Boa Semente", criado em 1919. No entanto, foi substituído pelo *"Mensageiro da Paz"** em 1930, que se tornou o principal veículo impresso da denominação.
- O *"Mensageiro da Paz"* é um jornal quinzenal que traz notícias sobre a denominação, estudos bíblicos, testemunhos e orientações para os fiéis.
- Esse periódico é um dos jornais evangélicos mais antigos e duradouros do Brasil, sendo distribuído amplamente nas igrejas.
1.3. A Criação da CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus)*
A *Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD)* foi fundada em 1940 para suprir a crescente necessidade de materiais de ensino e doutrinas da igreja.
*Principais Publicações da CPAD:
- *Bíblias e Comentários Bíblicos* → Traduções e edições de estudo voltadas para a doutrina pentecostal.
- *Revistas da Escola Bíblica Dominical (EBD)* → Materiais de ensino para crianças, adolescentes, jovens e adultos.
- *Livros Teológicos e Devocionais* → Publicações sobre história da igreja, liderança, espiritualidade e estudo bíblico.
- *Periódicos e Revistas Ministeriais* → Voltadas para pastores e líderes.
1.4. Tradução da Bíblia Pentecostal*
Um dos projetos mais significativos da CPAD foi a publicação da *Bíblia de Estudo Pentecostal*, que inclui comentários voltados para a teologia pentecostal e tem sido amplamente utilizada pelos membros da Assembleia de Deus.
2. Meios de Comunicação da Igreja
2.1. Rádio e Televisão
Desde o século XX, a Assembleia de Deus percebeu o potencial do rádio e da televisão para a evangelização.
- *Rádio:* Diversas igrejas da Assembleia de Deus mantêm programas de rádio que transmitem cultos e mensagens evangelísticas.
- *TV:* Algumas igrejas possuem programas televisivos e até canais próprios, como a *Rede Boas Novas*, criada pela Assembleia de Deus no Amazonas.
2.2. Internet e Redes Sociais*
Com o avanço da tecnologia, a Assembleia de Deus expandiu sua presença para o ambiente digital.
- *Sites e Portais* → A CPAD e diversas convenções estaduais possuem sites que disponibilizam estudos, notícias e materiais para os membros.
- *YouTube* → Muitas igrejas transmitem cultos ao vivo e disponibilizam pregações em seus canais oficiais.
- *Redes Sociais* → Plataformas como Facebook, Instagram e TikTok são usadas para compartilhar mensagens devocionais, testemunhos e atualizações da igreja.
- *Aplicativos* → Algumas igrejas desenvolveram aplicativos para leitura da Bíblia, agendamento de cultos e pedidos de oração.
Desde os primeiros anos, a Assembleia de Deus no Brasil entendeu a importância da comunicação para a expansão do evangelho. Através de jornais, livros, rádio, televisão e agora com o uso intenso da internet, a denominação continua a alcançar milhões de pessoas, mantendo seu compromisso com a pregação do evangelho e o ensino da Palavra de Deus.
6. A Chama que Nunca Se Apaga
Queridos irmãos, essa história nos ensina que a expansão do evangelho nunca acontece sem desafios. Mas quando homens e mulheres estão dispostos a obedecer ao chamado de Deus, não há barreiras que possam deter a obra do Espírito Santo.
Hoje, as Assembleias de Deus são a maior denominação evangélica do Brasil, com milhões de membros e missionários espalhados pelo mundo. Mas tudo começou com dois jovens suecos que confiaram na voz de Deus e se dispuseram a partir, sem saber falar português e sem garantias humanas.
III) O Crescimento das Assembleias de Deus no Brasil: A Contribuição dos Missionários Estrangeiros e o Desenvolvimento da Teologia Pentecostal
Queridos irmãos e irmãs, ao longo da história, Deus tem levantado homens e mulheres para expandir Seu Reino. A trajetória das Assembleias de Deus no Brasil é um testemunho vivo dessa verdade. Desde a chegada dos primeiros missionários estrangeiros até o surgimento de grandes teólogos assembleianos, vemos um contínuo mover do Espírito Santo. Hoje, vamos percorrer essa jornada, compreendendo a importância dos pioneiros e daqueles que estruturaram a teologia pentecostal no Brasil.
1. A Chegada de Missionários Estrangeiros e a Consolidação da Igreja (1911–1950)
Após a chegada de Daniel Berg e Gunnar Vingren em 1910 e a fundação da Missão de Fé Apostólica (futura Assembleia de Deus) em 1911, o crescimento da igreja exigiu reforços missionários. Com o passar dos anos, outros missionários estrangeiros vieram ao Brasil para contribuir na organização e na expansão da obra.
Principais missionários que impactaram a igreja:
• Samuel Nyström e Nils Kastberg (Suécia) – Chegaram em 1916 e foram fundamentais na organização administrativa da denominação. Nyström foi um grande evangelista e ajudou na fundação de igrejas em várias regiões do Brasil. Kastberg, por sua vez, colaborou no ensino teológico e na preparação de novos líderes.
• Otto Nelson (Suécia) – Chegou em 1921 e teve um papel essencial na evangelização do interior do Brasil, além de contribuir na formação doutrinária da igreja.
• Frida Vingren (Suécia) – Esposa de Gunnar Vingren, foi uma das primeiras mulheres a exercer influência teológica na igreja. Atuou na educação cristã e no jornalismo cristão, sendo uma das responsáveis pela produção dos primeiros periódicos pentecostais no Brasil.
• Per Olof Frick (Suécia) – Atuou especialmente no Nordeste, ajudando a consolidar a obra pentecostal na região.
• Josef Berg (Suécia) – Foi um dos grandes organizadores do ministério assembleiano, estruturando escolas bíblicas e ajudando a preparar novos obreiros.
Esses missionários, juntamente com obreiros brasileiros, ajudaram a consolidar a Assembleia de Deus como a maior denominação evangélica do país.
2. O Surgimento da Teologia Pentecostal no Brasil (1950–1970)
Com o crescimento da denominação, surgiu a necessidade de sistematizar o ensino teológico, organizando as doutrinas pentecostais para evitar distorções e fortalecer a identidade assembleiana. Foi nesse contexto que surgiram os primeiros teólogos assembleianos no Brasil.
Principais teólogos assembleianos dessa fase:
• Bernardo Johnson – Missionário sueco, um dos responsáveis pelo desenvolvimento dos primeiros cursos teológicos para pastores das Assembleias de Deus.
• José Pimentel de Carvalho – Pastor e escritor, destacou-se na produção de estudos bíblicos e no ensino teológico dentro da denominação.
• Alcebíades Pereira Vasconcelos – Líder importante na área teológica, auxiliando na organização dos seminários e na publicação de literatura assembleiana.
• Paulo Leivas Macalão – Fundador do Ministério de Madureira, organizou o ensino doutrinário e ajudou a expandir a denominação para diversas regiões do Brasil.
O ensino teológico nessa fase ainda era informal, com ênfase em escolas dominicais, congressos e publicações esporádicas. Mas já começava a surgir uma preocupação com a formação de obreiros qualificados para ensinar e liderar a igreja.
3. A Estruturação da Educação Teológica Pentecostal (1970–1990)
Com o avanço da obra missionária e o crescimento do número de membros, a necessidade de uma educação teológica estruturada se tornou evidente. Foi nesse período que surgiram instituições de ensino teológico ligadas às Assembleias de Deus.
Principais marcos da educação teológica assembleiana:
• Fundação do Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (IBAD) – 1958
o Localizado em Pindamonhangaba (SP), foi o primeiro instituto teológico formal das Assembleias de Deus no Brasil.
• Criação da Escola Bíblica Dominical (EBD) estruturada
o O currículo da EBD passou a incluir temas teológicos fundamentais para a formação dos membros da igreja.
• Publicação de Comentários Bíblicos Pentecostais
o As Assembleias de Deus começaram a produzir literatura teológica própria, consolidando sua doutrina e fortalecendo o ensino nas igrejas.
Teólogos de destaque nesse período:
• Antonio Gilberto – Considerado o maior teólogo pentecostal do Brasil, escreveu diversas obras fundamentais para a teologia assembleiana, incluindo comentários bíblicos e materiais didáticos para a Escola Dominical.
• Esequias Soares – Líder na área acadêmica, contribuiu para a defesa da teologia pentecostal dentro do meio evangélico brasileiro.
• Elienai Cabral – Autor de diversas obras teológicas e comentarista das Lições Bíblicas da CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
4. A Expansão e o Reconhecimento Acadêmico da Teologia Pentecostal (1990–Presente)
Com o crescimento das igrejas evangélicas no Brasil, a teologia pentecostal passou a ganhar reconhecimento acadêmico. Surgiram faculdades teológicas, seminários e cursos superiores que possibilitaram uma formação mais aprofundada para os pastores e líderes assembleianos.
Principais avanços recentes:
• A fundação de faculdades teológicas pentecostais
o Exemplo: Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia da CGADB (FAECAD), voltada para a formação acadêmica dos pastores e professores das Assembleias de Deus.
• Maior produção acadêmica de teologia pentecostal
o Hoje, temos assembleianos doutores em teologia reconhecidos no meio acadêmico.
• A defesa da identidade pentecostal diante do cenário evangélico brasileiro
o A teologia pentecostal tem sido sistematizada de maneira sólida, evitando influências estranhas que possam descaracterizar a doutrina original das Assembleias de Deus.
Teólogos assembleianos contemporâneos:
• Gérson Lima – Comentarista das Lições Bíblicas e defensor da teologia pentecostal clássica.
• César Moisés Carvalho – Escritor e editor na CPAD, ajudando na produção de material teológico.
• Claudionor de Andrade – Um dos principais escritores assembleianos da atualidade, contribuindo para o fortalecimento da teologia pentecostal.
5. O Futuro da Teologia Pentecostal no Brasil
Queridos irmãos, a história das Assembleias de Deus no Brasil mostra que Deus sempre levantou homens capacitados para ensinar e fortalecer Sua igreja. Desde os primeiros missionários estrangeiros até os grandes teólogos contemporâneos, a teologia pentecostal tem sido consolidada, preservando a identidade e a missão da igreja.
Nosso desafio hoje é continuar avançando, sem perder as raízes pentecostais. Precisamos de líderes que amem a Palavra de Deus, defendam a sã doutrina e sejam cheios do Espírito Santo. A teologia deve estar a serviço do avivamento, garantindo que as futuras gerações permaneçam fiéis ao evangelho.
IV) A Expansão das Assembleias de Deus no Brasil: Dos Primeiros Missionários às Convenções Nacionais
Queridos irmãos e irmãs, a história do pentecostalismo no Brasil é uma narrativa de fé, desafios e crescimento extraordinário. Desde a saída dos primeiros missionários da Igreja Batista até a expansão das Assembleias de Deus por todo o território nacional, vemos a mão de Deus guiando esse movimento. Hoje, vamos percorrer essa trajetória de forma clara e didática, compreendendo como essa obra cresceu e se organizou ao longo dos anos.
1. A Separação da Igreja Batista e o Surgimento das Primeiras Missões (1911–1913)
Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram ao Brasil, em 1910, foram recebidos com hospitalidade pela Igreja Batista de Belém do Pará. Durante algum tempo, eles compartilharam sobre o batismo no Espírito Santo e suas experiências pentecostais. No entanto, à medida que membros começaram a buscar essa experiência e falar em línguas, gerou-se um conflito doutrinário.
Como resultado, Berg, Vingren e outros irmãos foram desligados da Igreja Batista. Em 18 de junho de 1911, fundaram a Missão de Fé Apostólica, que mais tarde adotaria o nome Assembleia de Deus. Este foi o primeiro passo para a formação da maior denominação evangélica do Brasil.
Mesmo enfrentando forte oposição de outras igrejas e do catolicismo predominante, os missionários começaram suas viagens para pregar em outras cidades do Pará e regiões vizinhas. Com uma fé inabalável, eles anunciavam o evangelho, realizavam batismos e testemunhavam curas e manifestações do Espírito Santo.
2. Os Primeiros Missionários Brasileiros e a Expansão pelo Brasil (1914–1930)
A obra pentecostal não poderia depender apenas dos missionários suecos. Assim, Deus começou a levantar brasileiros cheios do Espírito Santo para dar continuidade à missão. Entre os primeiros crentes brasileiros a se destacarem estavam:
• José Plácido da Costa, um dos primeiros obreiros nacionais que ajudou a propagar a mensagem pentecostal.
• Francisco Pereira do Nascimento, que contribuiu para a evangelização do Nordeste.
• Manoel Higino de Souza, evangelista incansável no interior do país.
Com o crescimento da igreja, a necessidade de liderança local se tornou evidente. Os primeiros pastores brasileiros começaram a ser consagrados para atender ao aumento da demanda ministerial. O primeiro brasileiro a ser ordenado pastor foi José de Matos Carvalho, que assumiu a liderança em algumas congregações.
A obra expandiu-se para o Nordeste, alcançando Estados como Maranhão, Ceará e Pernambuco, onde enfrentaram forte resistência. Ao mesmo tempo, chegou ao Sudeste, especialmente ao Rio de Janeiro e São Paulo, onde o crescimento foi notável entre operários e imigrantes. No Sul, a pregação alcançou colônias de descendentes europeus, enquanto no Centro-Oeste, a mensagem encontrou espaço entre populações rurais e indígenas.
3. A Organização da Igreja e a Primeira Convenção Nacional (1930–1950)
Diante do crescimento acelerado, surgiu a necessidade de uma estrutura organizacional que garantisse unidade doutrinária e facilitasse a coordenação das igrejas locais. Assim, em 1930, realizou-se a Primeira Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), em Natal, Rio Grande do Norte.
Essa convenção teve como propósito:
1. Definir diretrizes doutrinárias, assegurando a identidade pentecostal da denominação.
2. Organizar o ministério, reconhecendo oficialmente pastores e evangelistas.
3. Criar estratégias missionárias, expandindo a evangelização pelo país.
Entre os líderes dessa fase estavam Samuel Nyström, Nils Kastberg e Adolf Gunnar Vingren, que auxiliaram na estruturação da denominação.
Um marco importante foi a criação do Jornal Mensageiro da Paz, em 1930, que passou a ser o principal meio de comunicação entre os crentes. Esse jornal ajudou a disseminar ensinamentos, testemunhos e notícias da igreja em crescimento.
4. A Multiplicação de Convenções Regionais e o Surgimento de Novas Convenções (1950–1980)
Com o crescimento das Assembleias de Deus, novas lideranças surgiram e novas convenções foram organizadas em diferentes regiões. Isso ajudou a descentralizar a administração e fortalecer a obra em nível local.
Dentre os primeiros pastores de grande influência, destacam-se:
• Cícero Canuto de Lima, que exerceu um papel fundamental na liderança nacional.
• Alcebíades Pereira Vasconcelos, grande articulador da organização administrativa da igreja.
• Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério de Madureira, que posteriormente se tornaria uma das maiores ramificações da Assembleia de Deus.
Foi nesse período que a denominação começou a experimentar divergências administrativas. Enquanto a CGADB buscava manter um modelo centralizado, algumas igrejas começaram a organizar convenções regionais independentes, preservando a identidade assembleiana, mas com autonomia em sua administração.
A Convenção Nacional das Assembleias de Deus – Ministério de Madureira, por exemplo, surgiu como uma ramificação importante, consolidando-se como um ministério autônomo. Apesar das diferenças organizacionais, ambas as convenções mantiveram os princípios doutrinários pentecostais e a cooperação mútua em diversos aspectos.
5. A Expansão Nacional e Internacional das Assembleias de Deus (1980–Presente)
Com o passar das décadas, as Assembleias de Deus se tornaram a maior denominação evangélica do Brasil. O crescimento foi impulsionado por:
• Evangelismo em massa, com cruzadas e programas de rádio e TV.
• Escolas bíblicas, que formaram milhares de obreiros.
• A obra missionária, levando a mensagem pentecostal para outros países.
O surgimento de diferentes ministérios dentro da denominação fez com que a estrutura administrativa se tornasse ainda mais diversificada. Ministérios como:
• Ministério de Belém (ligado diretamente à CGADB)
• Ministério de Madureira
• Ministério do Brás
• Ministério de São Cristóvão, entre outros, passaram a ter grande influência.
Mesmo com essa diversidade organizacional, a mensagem central do pentecostalismo assembleiano permaneceu a mesma: a pregação do evangelho com poder, a busca pelo batismo no Espírito Santo e o compromisso com a volta de Cristo.
6. Uma Igreja em Crescimento, um Chamado a Continuar
Queridos irmãos, ao olharmos para essa trajetória, percebemos que a expansão das Assembleias de Deus no Brasil foi um verdadeiro avivamento contínuo, impulsionado pelo Espírito Santo e sustentado por homens e mulheres cheios de fé.
Desde os primeiros missionários suecos até os milhares de pastores e evangelistas brasileiros de hoje, a mensagem do evangelho tem sido proclamada com poder, alcançando milhões de vidas.
Mesmo com desafios, divisões administrativas e perseguições, a chama do Pentecostes continua ardendo. E agora, a responsabilidade de manter essa chama acesa está sobre nós.
Que possamos permanecer fiéis à Palavra de Deus, comprometidos com a evangelização e cheios do Espírito Santo, para que o Brasil e o mundo continuem sendo impactados pelo poder transformador do evangelho!
C) PARA ONDE VAMOS
V) PENTECOSTE; A BABEL INVERTIDA.
1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
2 E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
6 E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia,
10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
13 E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.
14 Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
15 Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia.
16 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
17 E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos;
18 E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão;
19 E farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e vapor de fumo.
20 O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue, Antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor;
21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Atos 2:1-21
A Igreja do Senhor Jesus Cristo tem uma proposta à humanidade, por mais que os construtores da torre, aqueles que querem subordinar a todos por meio do medo, da idolatria, da tirania, mas principalmente da ganancia, por mais que queiram aparentar serem a única opção de vida aceitável; Deus, por meio do Senhor e salvador Jesus Cristo, nos abriu um vivo caminho que nos dá acesso ao plano perfeito; nos conduz ao lugar tão almejado e nunca encontrado, onde gozamos de plena paz e temos a certeza de não necessitar de mais nada além de sua doce comunhão; pois todo o anseio, toda insatisfação e constante inquietação que tem gerado dor, sofrimento e confusão ao longo de tantos séculos, advém do vazio existencial; pois o ser, em sua sede, em sua necessidade insaciável, busca de diversas formas atender e tranquilizar sua alma, dar sentido a sua existência; é quando então torna-se presa fácil, tantas promessas e tantas propagandas, uma vida melhor, mais prazer, mais liberdade, ser dono absoluto de suas vontades, seu corpo e satisfazer desavergonhadamente seus desejos, sem que isso lhe possa ser negado ou impedido, pelo simples fato de que você o pôde e se alguém lhe diz que não, esse mesmo é que tem que ser a qualquer custa eliminado, combatido, execrado, por ter a audácia de tentar impedir que o desejo tenha seu livre curso, por tentar impor algo que ofereça limites baseado na autoridade vinda do Nome de Deus, em nome do qual devamos prestar reverencia e submeter-se a sua vontade, mas para que prevaleça a nossa vontade, façamos com que o único nome que importe seja mesmo o nosso, mas ao trilhar por esse caminho, quantos e quantas tem encontrado apenas ilusão, quimeras, espectros e pura vaidade evanescente que deixa após si um rastro de destruição e ressentimento e que reserva para o futuro uma eternidade de triste separação da única fonte de verdadeira felicidade.
Dentro da igreja espiritual, que também pode ser chamada de corpo místico de Cristo, sendo Ele mesmo a cabeça deste corpo, dentro dela está a fonte que jorra para a vida eterna, cujas aguas são purificadoras e vivificantes, que quando provadas, comunicam a mais perfeita comunhão com o Deus verdadeiro revelado na pessoa bendita do Senhor Jesus; todos quantos tiverem contato com essa comunhão, e sentirem o sincero perdão de seus pecados, e forem instantaneamente transformados em nova criatura, estarão plenamente livres de tantas aflições que os levavam a tentar satisfaze-las de tantas formas, de diversas maneiras, por meio da imoralidade, a devassidão, a incredulidade, a vaidade e soberba, a violência, a ganancia, as práticas ocultistas e esotéricas e tantos outros equívocos cometidos por uma alma sedenta, mas que quando finalmente saciada, encontra plena paz e pode então tranquilamente viver, conviver e construir algo verdadeiramente solido e benéfico a si e aos demais que estão a sua volta; pois na história da humanidade, muitos bens nos foram legados por aqueles que tinham em si a fonte da vida e que mesmo não recebendo o bem dos que estavam a sua volta, não lhe fazia falta, nem lhes retribuía de forma reciproca, pois do que desfrutava era infinitamente melhor e inesgotável; Cristo, a fonte da agua da vida, a vida eterna em nós, o que nos possibilita uma ação que transcende mesmo a nossa história e passa a ser um bem para a humanidade; essa tem sido a obra, não de instituições e nomes humanos, mas da anônima igreja espiritual em Cristo, pois onde quer que esteja um de seus membros, ali Ele está, e o bem se fara perceber.
Jesus, a verdade, concede a graça por meio de palavras e ações. Por essa graça somos dotados de suficiente honestidade, de suficiente verdade interior, a reconhecer a verdade da cosmovisão baseada em sua vida. Este padrão surge claramente na história da mulher samaritana junto ao poço de Jacó, de quem João fala no capitulo quatro de seu evangelho. Quando Jesus a confronta com os fatos da vida dela. Ele está, em essência, falando palavras de graça ao apresentar-lhe a oportunidade de chegar a um acordo com ela. Numa série de mudanças, a mulher enfrenta com determinação a realidade escura de sua vida passada e a depravação de sua condição presente. Fazendo assim, ela ouve Jesus com atenção crescente até que, finalmente, ela pode entender dos próprios lábios de Jesus que Ele é o Messias, o Ungido.
Panorama do pensamento Cristão (Reflexões sobre os significados da verdade); Michel D. Palmer; pg 474; ed CPAD; 2000.
Babel a todos quer subjugar e sua isca é a falsa liberdade de poder dar seu pescoço as correntes de seus vícios destruidores, seu prazer destrutivo; mas Deus, que não nos abandona a nossa própria destruição; em seu ato de poder, por meio da confusão das línguas, deu a humanidade a chance de prosseguir em seus avanços e retrocessos, mas com a liberdade de viverem suas experiências, dentro das múltiplas culturas com as quais se expressam e contribuem para a construção da sociedade, e mesmo com os tropeços que caracterizam sua marcha, com as sangrentas ideologias que desperdiçaram vidas tão valiosas, pelo menos tiveram a chance de avançarem até aqui, o ponto crucial quando em obediência a ordem de Cristo, a igreja nasce para a sua missão, e Deus, cria agora o meio pelo qual todas as línguas, diversas que são, serão reunidas sem serem eliminadas; pois o Pentecostes inverte a situação de babel, de tal modo que os diferentes podem entender-se e juntamente renderem louvor e adoração a aquele que verdadeiramente é digno e estabelecer o único Nome que pode à todos salvar; babel tentou e ainda busca escravizar a humanidade, mas a igreja prega a mensagem que a liberta e lhes fornece a oportunidade de multiformemente louvarem em coro ao único e verdadeiro Deus, que a todos criou e resgatou pelo seu amor.
SOMENTE O CRISTIANISMO FORNECE a redenção verdadeira - uma restauração do nosso estado criado e a esperança de paz eterna com Deus. Nenhuma outra cosmovisão identifica o problema real: a marcha do pecado em nossas almas. Nenhuma outra cosmovisão pode libertar uma alma atormentada [...] como eu e você. E tendo sido libertados do pecado, somos autorizados a ajudar a trazer a restauração de Cristo à totalidade da ordem da criação.
E agora, como viveremos? Charles Colson & Nancy Pearcey; Ed CPAD; pg 334; 2000
Creio que pentecostes é o maior exemplo do que viríamos a conhecer como missões transculturais, e mesmo que ainda levasse um tempo até que os judeus entendessem que foram chamados para levar o evangelho as nações e não a sua cultura particular, mas Deus proveu para si o seu apostolo, levantando Paulo para afirmar essa verdade, que todos somos um em Cristo, não havendo mais distinção entre povos, línguas, condição social, raça etc. Cristo a todos uniu em sua ação salvifica e a todos nivela em sua graça, pois todos são salvos unicamente e exclusivamente pela graça em Jesus o salvador, e a igreja deve refletir essa verdade revelada em pentecostes, onde houver uma alma, ai há a obrigação da proclamação da verdade que salva e não existem mais barreiras, desde que Jesus pediu um copo de agua a uma samaritana, permitiu que ela expressa-se sua estranheza com tal atitude e descortinou diante dela uma verdade que é tão preciosa a todos nós, pois os verdadeiros adoradores, adoram ao Pai em espirito e em verdade, e isso independentemente de templos, modas, costumes, etnias, hemisférios, está muito além de todas as barreiras, pois dos lugares mais improváveis podem surgir os verdadeiros adoradores, e foi entregue a igreja a chave para comunicar-se universalmente e alcançar as vidas onde quer que estejam, pois a sua fonte é inesgotável e não pertence a alguém em particular, ela sacia a sede, onde ela estiver; basta que a igreja, concordemente esteja unida em oração, em obediência a palavra e em uma atitude perseverante, para que do alto, de onde o Senhor no passado confundiu as línguas, também do alto nos entregue um poder e uma linguagem que pode a todos comunicar e engrandecer ao Deus verdadeiro e todo poderoso; pois o evangelho não é simplesmente um elemento cultural particular a algum povo especifico, não, muito mais que uma construção cultural, o evangelho é a verdade concreta e muito bem definida; Cristo é o caminho que nos conduz a Deus, é a verdade que entra em qualquer cultura e a modifica para melhor, para estar de acordo com o padrão e a vontade perfeita de Deus, que não é outra senão a perfeita vontade que um amoroso Pai tem em ver seus filhos viver e gozar de uma vida abundante, a vida que é Cristo, a luz que ilumina a todo o homem, o verbo Divino pré-encarnado, o Logos que dá sentido e existência a todas as coisas, pois para além do simples existir, Ele é.
Galatas 3
26 Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.
27 Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.
28 Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
Finalizamos nossas palavras, declarando que por mais diversificada e modernizada que tenha se tornado a sociedade e por mais que forças avassaladoras tenham se levantado com projetos de dominação global e usurpadora do que há de melhor nas pessoas, a necessidade mais profunda de sentido para a vida e a resposta definitiva aos tantos problemas da humanidade, não encontram-se em mais ideologias ou revoluções; não, a resposta está em uma pessoa, e essa pessoa tem em si o porquê e o sentido para a vida, pois tudo foi feito por Ele e para Ele; e sem Ele nada do que foi feito se fez, e Ele mesmo que pondo-se em pé disse: “quem tem sede, venha a mim e beba” assim é que a igreja foi dada uma poderosa mensagem, que comunica a todos os povos, em todas as línguas e em quaisquer culturas, pois por mais diversas que sejam, suas necessidades são as mesmas, e só podem ser plenamente atendidas por aquele que em si possui a vida, o pão da vida, a vida eterna, aquilo pelo qual vale a pena viver, e mesmo que possam tentar tirar-lhe, não o podem, pois esta mesma igreja entendeu, que o cessar de uma vida física, encerra um período transitório e descortina uma vida eterna, bendita esperança que nos alimenta e sustenta em meio as mais terríveis tempestades e reveses, que ilumina a mais sombria das noites e que supera as mais intensas dores, que mitiga as maiores angustias e que dá sentido à toda a jornada, os céus, a terra, e tudo que há entre eles passarão, mas a benditas palavras não hão de passar, esta é a palavra da Igreja ao mundo e sua irrecusável proposta, Cristo Jesus a fonte da vida eterna.
Por esta dupla operação do Espirito Santo, tendo os olhos de nossa alma abertos e iluminados, vemos as coisas que o “olho natural não viu nem o ouvido ouviu” temos um prospecto das coisas invisíveis de Deus; vemos o mundo espiritual que está ao nosso redor embora não discernido pelas nossas faculdades naturais como se não fosse ser. Vemos o mundo eterno penetrando o véu que se levanta entre o tempo e a eternidade. As nuvens e as trevas não mais pairam sobre ele, mas já vemos a gloria que será revelada.
John Wesley; Coletânea da Teologia de John Wesley; Ed IMPRENSA METODISTA; pgs 158-159, Cap 5; 1960
BIBLIOGRAFIA
ISAEL DE ARAUJO; DICIONÁRIO DO MOVIMENTO PENTECOSTAL – CPAD; 2007
EMILIO CONDE; HISTÓRIA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL; 1960.
CANAIS DE COMUNICAÇÃO
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AUTOR
Prof. José Edmílson Jr, casado com Ana Carla Alves Lourenço; pai de Elias, Rachel e Maria. Ministro aulas na Escola Bíblica Dominical desde 2007 (sala de Discipulado) passando depois a dar aulas à Mocidade, e posteriormente como 3º professor de Obreiros e desde 2010 1º Professor de Obreiros e atualmente como professor nos núcleos de Teologia no setor 34 - Pinheiros da Assembleia de Deus (Belém) em São Paulo, capital. Cursei o nível avançado em teologia pela Faetesp; nível médio de teologia pela Setad; Pedagogia incompleto (Magister | Estácio) e estou cursando Direito (FAM PAULISTA). Bacharelando em Teologia pela FABAB (3º Semestre) e Filosofia pela ESTÁCIO (1º semestre) fiz também Grego 1 pela teológica (Batista) | Hebraico 1 FTB (do pastor Sezar Cavalcante) também administro 3 canais que disponibilizam conteúdo teológico como aulas, palestras e pregações e sou diretor do núcleo de teologia Setad no Rio Pequeno, São Paulo
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