O APOCALIPSE
Artigo apresentado por Fabrício Barreto Gonçalves
“Desvendando o Apocalipse”
O livro do Apocalipse tem sido um dos mais discutidos e estudados ao longo dos séculos devido ao seu estilo literário e hermenêutica. A própria palavra "Apocalipse" já desperta dúvidas, medo, curiosidade e interesse.
A interpretação desse livro, por si só, provoca questionamentos, temor para alguns e pesquisa para outros. Vários líderes de seitas, religiões e fanáticos já causaram confusão acerca do último livro do Novo Testamento e da Bíblia Sagrada, dando origem a filmes, programas de TV, novelas, debates na internet, entre outros.
Para estudiosos e teólogos, o livro do Apocalipse não deve ser reduzido apenas à compreensão do "fim do mundo", mas deve nos alertar e ensinar à luz dos evangelhos sinóticos e, mais especificamente, do discurso escatológico de Jesus. É possível adotar uma postura diferente em relação ao texto e ao livro em si.
Nossa proposta, de forma resumida e inicial, é apresentar uma visão bíblica do Apocalipse que não seja tão pessimista. A perspectiva do fim do mundo é aterradora para muitos; todavia, o livro do Apocalipse nos ensina sobre o triunfo gradual e progressivo do Reino de Deus, que representa tudo o que é bom, e sobre o fim do reino das trevas, do mal e do diabo. “É um livro para ser lido com esperança”, como afirma Magno Paganelli em seu livro E Então Virá o Fim, que trata da volta de Jesus.
O apóstolo João teve uma visão grandiosa dos últimos tempos, incluindo a batalha final entre o bem e o mal. No entanto, como mencionei, o livro do Apocalipse não trata apenas de guerras, desastres, terror, julgamentos, fogo, terremotos e doenças. Ele também contém hinos de louvor e é um livro de adoração a Deus como Senhor e Soberano do universo.
Quantas afirmações de louvor e exaltação a Deus encontramos nele! Como o próprio nome sugere, o Apocalipse é, sem dúvida, um livro de revelações divinas.
Após a saudação inicial, o livro descreve Cristo e seus títulos: Senhor, Soberano, Cristo ressurreto e glorificado. Ele apresenta a visão de João em sua totalidade e descreve as características e a natureza de Jesus, sua divindade e humanidade, utilizando um estilo poético e hiperbólico. Logo em seguida, menciona os sete espíritos, uma clara referência ao Espírito Santo, e apresenta Jesus como a fiel testemunha, as primícias e o primogênito dos mortos.
João vê Cristo glorificado e ressurreto, evidenciando que a mensagem do Apocalipse deveria servir como exortação, conforto, consolo, despertamento e encorajamento para os irmãos e leitores do primeiro século.
A visão que João teve de Jesus é extremamente significativa, pois apresenta o Senhor como o Todo-Poderoso, o Deus eterno e majestoso, que tem total domínio e controle sobre tudo e todos.
Por fim, gostaria de resumir algumas das principais linhas escatológicas ou correntes milenistas mais conhecidas. Vejamos:
Em torno da expressão milênio, surgem várias tendências, das quais destacaremos as principais:
1. Amilenistas – Esses entendem que o milênio tem um sentido simbólico. Para os amilenistas, o milênio já está ocorrendo ou simbolicamente se dá no intervalo entre a primeira vinda de Jesus (ou advento) e o fim do mundo, quando Ele virá outra vez.
2. Pós-milenistas – O pós-milenismo exerceu grande influência no passado. Na história da igreja, alguns pais da igreja entre os séculos I e V adotaram essa posição, acreditando que o milênio é espiritual e não literal, físico ou geográfico. Eles entendem que a igreja passará pela Grande Tribulação, mas que haverá um grande progresso na evangelização e um aumento significativo na conversão em escala mundial. Para essa linha de pensamento, o mal diminuirá gradativamente diante do avanço do Reino de Deus, do bem e da paz anunciada na Bíblia.
3. Pré-milenismo – Segundo essa corrente, a segunda vinda de Jesus (ou segundo advento) está programada para ocorrer antes do milênio. Entre os pré-milenistas históricos, destacam-se os dispensacionalistas e uma linha mais recente chamada pré-ira. Para esses, o milênio será um império temporal, político-religioso e judaico, com poder social, econômico, ideológico e midiático – ou seja, toda a mídia estará a serviço desse poder maligno e satânico.
Esse poder representará a supremacia do mundo e do reino do mal, durando os mil anos mencionados nas Escrituras. Durante esse período, haverá a guerra entre o bem e o mal no Armagedom, batalha na qual Cristo vencerá Satanás no final da Grande Tribulação.
Além dessas três principais correntes, há outras abordagens, como a histórica, a preterista, a simbólica, a idealista e a eclética. Todas se baseiam nos textos apocalípticos, nos evangelhos, bem como em escritos judaicos e rabínicos, variando conforme a visão bíblico-teológica adotada.
O mais coerente é ser o mais fiel possível às Escrituras. Por exemplo, quem defende a interpretação futurista ajusta sua leitura ao princípio de que a Bíblia é sua própria intérprete. Alguns entendem que o milênio não se refere a uma época específica, enquanto outros – como os historicistas e amilenistas – consideram que ele representa a era atual da igreja.
Entretanto, todas as correntes milenistas concordam em um ponto: haverá, sim, um milênio e, sem dúvida, Jesus está voltando.
"Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!"
Nome: Fabrício Barreto Gonçalves
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BIBLIOGRAFIA
* Bíblia de estudo Almeida
* Bíblia de estudo Thompsom
* Como ler a bíblia livro por livro de Gordon Fee
* Através da Bíblia livro por livro de Myer Pearlman
* Comentário Bíblico vida nova de D.a. Carson
* Teologia sistemática de Norman Geisler
* Teologia sistemática de Herman Bavinck
* Teologia sistemática de Stanley M. horton
* Teologia sistemática de A.B. Langston
* Teologia sistemática de Louis Berkhof
* Teologia sistemática de Wayne grudem
* Comentário e estudos em Apocalipse John D. Barnett
*A Biblia comentada Apocalipse de Jonas Celestino Ribeiro
*Escatologia – o estudo das últimas coisas- CPAD
* Estudo do Apocalipse – aula introdutória e apontamentos
Oi procurei resumir ao máximo,sendo que haverá novos artigos e com outros assuntos dentro da teologia ok obg orem por nós.
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